12.06.2025

Ei, Gente! :)

Há um tempinho não publico um texto para a seção “Pequena Escritora“. Mas hoje, vamos matar a saudade (ou pelo menos eu vou hahaha)!

O tema da vez: floratil e o ressignificado do Dia dos Namorados. Vamos lá? Boa leitura. ♥

Crédito da Montagem: Pequena Jornalista

“12 de junho. Acordo com a seguinte pergunta: a gente tem floratil? Vou até a caixa de remédios e mostro para o marido um outro que também serve! Dou um beijo e falo: feliz dia dos namorados! Ele ri e retribui. ♥

É, quando eu era mais nova não imaginava que seria assim a vida a dois. Poxa, Disney, comédias românticas… Me enganaram direitinho hahaha ;p. A realidade é bem diferente! Só que com o tempo a gente aprende a ressignificar algumas coisas. E isso, não necessariamente, é ruim.

Sim, sou romântica. Um simples bilhetinho me deixa feliz. Um livro, uma rosa. Mas nada por livre espontânea pressão. O melhor é que seja natural, faz mais sentido!

Algumas vezes eu fico frustrada. Confesso! Só que a vida de adulto tem me mostrado que uma relação vai muito além. É nos mínimos detalhes que mora o amor. O carinho. O respeito! A cumplicidade e tantas outras características saudáveis dentro de uma relacionamento.

Um abraço apertado depois de um dia difícil, aquece o coração! Saber que tenho alguém que topa pingar colírio em mim, porque eu tenho nervoso, conta muito! Dividir alegrias, frustrações, sonhos, planos, cobertor.. É muito bom! (:

Crédito da Imagem: Pinterest

Rir de bobeira. Receber (e dar) beijo de boa noite, enquanto o outro está no 15º sono! Incentivar, conversar e ter companhia naquela consulta… Estudar junto e fazer simulado fica mais divertido. Malhar com preguiça, mas com a sua companhia favorita, tem muito valor sim. Ficar juntinho no sofá, enquanto eu leio e ele assiste a um filme.

Enfim… Nada é perfeito. Juro! Só que a perfeição mora também dentro das imperfeições. Ressignificados são importantes e tornam tudo mais leve.

Ok, nem nos meus sonhos eu iria imaginar acordar – no dia mais romântico do ano – com a pergunta “a gente tem floratil?” hahaha. Porém, não é que eu to aqui um pouco frustrada sim, mas com uma sensação de “nossa, isso é tão o nonô (apelido do meu marido hahaha)”?

Por algum motivo, isso conforta. Sei lá, de saber que ele pode ser ele comigo e vice-versa. De cuidar, de olhar com outros olhares para uma simples situação, que em outros momentos me deixaria revoltadíssima. De levar com mais leveza, mesmo com as ressalvas.

Me faz notar, mais uma vez, que essa história de amor é real. Com as dores, delícias. É a vida acontecendo, independente do dia que seja. Saber o que importa, de fato, é uma das melhores sensações. ♥”

Crédito da Imagem: Pinterest

***

É isso, pessoal. Um texto íntimo e super verdadeiro. Com algumas floreadas, mas para mostrar a vida como ela é e conseguir escrever (e rir) sobre isso!

Feliz Dia dos Namorados para o meu nonô (te amo ♥) e para todos os casais. Não tem ninguém amoroso no momento? Parece piegas o que vou dizer, mas o amor próprio sempre será uma das companhias mais essenciais. Independente do estado civil. ;-)

Beijos, Carol.

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11.06.2025

Ei, Gente! :)

Na próxima sexta-feira, dia 13 de junho, começa mais uma edição da Bienal do Livro do RJ. E uma das coisas que não pode faltar nesse evento é a wishlist literária para ter um norte e não sair comprando todos os livros que vê pela frente!

Com a listinha, seguem também algumas dicas para tentar aproveitar o evento da melhor forma possível. Então, vamos lá? Boa leitura! ♥

Crédito da Imagem: Pequena Jornalista

1. Everything is ok – Um lembrete de que você importa (Debbie Tung – Editora Mood)
Observação da Pequena:
Um dos estandes que estou mais curiosa para conhecer no evento é da Editora Mood. A comunicação deles é incrível e realmente me sinto falando com uma amiga no Instagram. E se o primeiro livro da Debbie – publicado no Brasil – me conquistou, esse acho que vai me abraçar na mesma intensidade. Uma coisa é certa, de lá eu não saio sem essa HQ.

Aliás, aqui vai a 1ª dica para a Bienal… Às vezes, o livro na Amazon até está mais em conta, mas direto com a editora pode ser que tenha brindes incríveis, que façam valer a pena a diferença. Então, fique de olho nessas promoções/ações e veja se compensa ou não. E isso vai depender de cada leitor, ok? ♥

2. Balela (Solaine Chioro – Editora Alt)
Observação da Pequena:
Eu li “Reticências” da Solaine e adorei. Só não comprei “Balela” ainda porque quero tentar mais uma dedicatória nessa nova história. Adoro a escrita dela e achei a premissa leve e com aquele clichê que eu amo.

Falando nisso, a segunda dica é: muitos autores nacionais ficam nos estandes da editora que publicou o livro deles! E se não souber reconhecê-los, sem problemas. Normalmente, eles se apresentam também. Então, é uma ótima oportunidade para conversar um pouco com o autor e, de quebra, você pode sair com livro autografado (e muitas vezes com marcadores e afins).

3. Todo mundo aqui vai morrer um dia (Emily Austin – Astral Cultural)
Observação da Pequena:
Eu sei, parece ser uma história pesada, mas a sinopse me chamou muita a atenção. Porém, acredito que tenha várias lições nas entrelinhas e de uma forma, na medida do possível, leve e divertida. Bom, assim espero hahaha!

Ah! Nesse caso, acredito que nem esteja mais em conta. Minha intuição diz, mas não sei hahaha. Então, uma coisa que tenho feito nas últimas bienais é anotar o preço da Amazon e comparar com o preço lá no evento. Se for mais barato, levo. Se não, como não é urgente, deixo para depois.

4. Desde que você partiu (Duda Riedel – Editora Planeta)
Observação da Pequena:
Mais uma autora brasileira e uma história que se passa na França. Adorei a capa e a premissa. Fora que tem a França no meio e eu amo esse tipo de cenário. E as dicas anteriores servem para esse item da minha wishlist também. ;-)

5. O cão que seguia as estrelas (Anna Sólyom – V&R Editora)
Observação da Pequena:
No último dia da Bienal do ano passado, lembro que comprei um livro dessa mesma autora (Neko Café). Estilo ficção de cura e, consequentemente, com gato no meio. E apesar de agora ter menos medo desse bichinho de estimação, confesso que sempre me perguntava “por que não colocam cachorrinhos nesse gênero também?”. E aí eu descobri que a autora tem esse novo livro! Acredito que eu vá chorar, mas quem liga, né? hahaha

E aqui vai mais uma dica: não necessariamente o livro que a gente gosta estava na lista de desejos. Essa wishlist, na minha humilde opinião, é mais para ter um norte. Então, caso tenha algum que chame a atenção e tenha mais certeza de que vai ler do que não, acho que vale. Principalmente se o preço estiver dentro do seu orçamento. Nem foi uma das minhas leituras favoritas (Neko Café), mas super compensou a comprinha extra. Fora que ganhei brindes bem fofos (copo e cartela de adesivos) e estou na torcida dessa nova história seguir a mesma linha.

6. Escrito na Neve (Thais Bergman – Astral Cultural)
Observação da Pequena:
Por fim, confesso que essa capa e esse título me chamaram mais a atenção. Mas a história tem cara de ser bem legal e tem neve no meio, que super combina com época invernal hahaha. Tem esporte no meio (que ando curiosa para ler o gênero), mas parece ser nada muita picante e mais fofinho ♥.

Também acho que, por ser lançamento, não vai entrar na promô. Mas vai que rola brindes que dão para usar e a autora vai estar por lá. Então, muitas dicas anteriores servem para esse 6º livro.

Crédito das Imagens: Amazon

***

É isso, pessoal. :)

Resumindo: têm livros que estão mais em conta na Bienal, outros não. Porém, o que conta é analisar se compensa comprar ou tudo bem deixar para um outro momento. Tenha uma wishlist e valores para comparar. Mas use como um norte e não como uma regra inquebrável.

Dedicatórias de autores sempre são bem-vindas, principalmente, daqueles que já temos um carinho ou uma boa intuição! Pense antes de passar o seu cartão por impulso, só que se não tiver muito tempo, não perca tanto tempo, sabe? ♥

Dê uma analisada na sua estante antes de gastar todo o seu dinheirinho suado. Faça doações e pense: será que agir de uma maneira que não rendeu boas compras no passado, vale seguir do mesmo jeito?

Por fim, brindes são maravilhosos, mas veja se não será apenas mais uma coisa extra na sua casa ou se realmente vai valer a pena! ;)

Enfim, são dicas de acordo com a minha experiência. Vejam o que faz sentido para vocês! E agora me contem: qual livro dessa minha wishlist vocês adorariam embarcar? Tem algum que já está na lista e não sai da Bienal sem? No mais, podem opinar à vontade.

Beijos, Carol.

Post Antigo: 5 coisas que aprendi com a Bienal do Livro
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10.06.2025

Ei, Gente! :)

Eu gosto da ideia de ter um dia para comemorar o Dia dos Namorados. Mas apesar de parecer piegas, acredito que todo dia, quando possível, é o momento certo para celebrar o amor.

Então, nesse post com algumas sugestões para essa data, a maioria serve para o mês todo de junho e por que não em outras épocas do ano também?

Vamos lá? Boa leitura! ♥

Crédito da Imagem: Divulgação
Crédito da Montagem: Pequena Jornalista

Cineminha é uma das melhores programações para casais. Eu e meu marido amamos! Para quem topar se aventurar no próprio dia 12 de junho, a dica é pegar uma sessão em algum rede de cinema, como a Cinemark, e assistir um dos três filmes clássicos and românticos da Warner Bros. Pictures: Como Eu Era Antes de Você, Diário de uma Paixão e Nasce Uma Estrela. Por aqui, não vamos conseguir, mas se pudéssemos, a escolha seria “Diário de uma Paixão“. ♥

Outra sugestão e que vale até início de agosto desse ano é tirar altas fotos nos icônicos cenários da série Friends. Sim, finalmente o THE FRIENDS™ EXPERIENCE: THE ONE IN RIO está em cartaz no Village Mall e traz novos recursos, oferecendo uma experiência ainda mais imersiva. Para mais informações, só acessar aqui. Aliás, não sabe o que dar de presente? Se o amor da sua vida ama a série, vale presentear com essa experiência. Por aqui, acredito que logo logo vamos! Ai conto para vocês. :)

Crédito das Imagens: Divulgação
Crédito da Montagem: Pequena Jornalista

E, claro, que nesse post não poderia faltar dica literária, né? Achei bem linda essa edição do livro “Cartas de Amor“, de Fernando Pessoa, publicado pela editora Tinta-da-China Brasil. Presentear com livro é sempre uma excelente escolha (fica a dica marido hahaha).

E vamos combinar: o amor é brega muitas vezes e eu (quase sempre) acho incrível isso hahaha. Está a fim de ficar em casa no dia 12 e ter um date no sofá abraçadinho? Se joga e aproveita! E se usar pijama combinandinho, melhor ainda hahaha! Têm opções bem fofas na loja Marisa. E eu amei esse da Minnie e do Mickey!

Por fim, mas não menos importante: que tal uma atividade a dois, como montar um quebra-cabeça? E vale até uma moldura para pendurar depois. E eu como boa fã do Snoopy, adorei essa opção que está à venda na Grow. ♥

Crédito das Imagens: Divulgação
Crédito da Montagem: Pequena Jornalista

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É isso, pessoal. São sugestões que podem ser adaptadas, viu? O importante é ficar juntinho, ser presente de corpo e alma. Datas assim são sempre bem-vindas, mas o melhor, de fato, é comemorar independente do dia. E fazer jus ao amor saudável e leve, independente dos desafios! :)

Agora me contem: qual sugestão mais amaram desse post? Ah! Uma observação: estava com muita saudade de dar essas sugestões comemorativas no blog. Quero voltar a fazer isso com mais frequência. O que acham? Enfim, no mais, podem opinar à vontade.

Beijos, Carol. ♥

Post Antigo: Ideias de presentes
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09.06.2025

Ei, Gente! :)

Essa semana começa mais uma edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. E é muito legal conhecer de pertinho autores de fora, mas o contato com os escritores nacionais é tão incrível quanto.

Por falar nisso, o post do dia é uma entrevista com a autora brasileira, a Lu Piras, que escreveu “A Caixa de Música“, pela V&R Editora. Dentre outras histórias também. Dessa vez, ela não vai conseguir ir ao evento, mas topou bater um papo com a gente aqui no PJ.

Bom para conhecer um pouco sobre ela, sua carreira literária, novidades, seus livros – que a propósito, vão marcar presença na Bienal. Então, bora lá? Com vocês, a Lu Piras, diretamente da França. ♥

Crédito da Imagem: Acervo Lu Piras / Crédito da Montagem: Pequena Jornalista

1. Você mora fora do Brasil, né? Sente alguma diferença no mundo literário entre os dois países? Por exemplo, “aqui na França as pessoas leem mais, ou menos” ou “sinto que no Brasil, os autores são mais valorizados”. Se sim, quais são as diferenças? :)
R: Moro fora do Brasil há 22 anos, com alguns intervalos ao longo desse tempo. Já vivi em Portugal, na Austrália e, há sete anos, moro na França e trabalho na Suíça. Quando ainda estava no Brasil, era muito ativa no meio literário: participava das bienais do Rio, São Paulo e Belo Horizonte, além de diversos eventos e grupos voltados à promoção da literatura nacional. Dava palestras, visitava escolas e respirava esse universo.

Adoraria ver meus livros atravessando fronteiras e experimentar o mercado literário aqui fora. Tenho amigos escritores que publicaram na Europa, por exemplo, e percebo — na minha perspectiva pessoal — que não há a mesma união e paixão que encontrei no Brasil. Ainda assim, onde há brasileiros que amam literatura, há também o desejo de reunir a galera e celebrar a cultura. Tanto que, há cerca de quatro anos, fui até premiada em um evento literário brasileiro aqui na Suíça.

É muito emocionante, também, ver pequenas editoras brasileiras surgindo e marcando presença no Salão Internacional do Livro de Genebra. Já visitei o evento e fiquei tocada ao ver livros em português ganhando espaço por aqui. Mas, falando a partir da minha vivência, o ambienteno sentido da paixão literária é diferente. O público sai carregado de livros, sim, mas não sai carregado de expectativa como vejo nas bienais brasileiras. Lá, cada fila, cada abraço em autor, cada história compartilhada tem uma intensidade única.

Isso não quer dizer que se leia mais no Brasil. Por aqui, vejo pessoas com livros nas mãos em todos os cantos — no avião, no metrô, no trem, nas praças e parques. Como no Brasil, há muitos eventos de autógrafos e feiras literárias, e é comum ver filas se formando para prestigiar autores. Isso sempre me anima. Essa valorização da literatura não é, claro, um fenômeno restrito ao Brasil, mas a emoção que compartilhamos entre brasileiros é diferente. Há paixão, há orgulho — sempre tem um leitor que chega com uma história, e o autor pensa: “É por isso que eu faço o que faço.

2. De alguma forma, as profissões escolhidas por você se entrelaçam? Como escritora e cravadora de joias, por exemplo.
R: Como escritora, tenho a sorte de viver muitas vidas — não apenas na ficção, por meio dos meus personagens. Minha própria trajetória já seguiu caminhos bastante diversos, movida por uma busca incessante: inspirar minha escrita e, ao mesmo tempo, sustentar meu propósito de viver da literatura.

Essa busca nasce de uma inconformidade profunda e de uma aversão constante à estagnação. Estou sempre me desafiando, explorando, tentando viver intensamente cada experiência. Entedio-me com facilidade; preciso encontrar algo interessante em tudo o que faço para me dedicar de verdade. E, quando percebo que já esgotei aquilo que havia para explorar, sinto a necessidade de sair da zona de conforto — essa mesma zona que, paradoxalmente, persigo e que acaba, por vezes, me aprisionando.

Todas as profissões pelas quais passei — inclusive a mais recente, como cravadora de joias — me conectam à minha arte. Porque a arte está em mim e em tudo o que faço. Está no meu olhar, na maneira como vejo a vida e, sobretudo, como enxergo as pessoas. São elas minha verdadeira inspiração: as histórias reais, as que eu gostaria de viver, as que eu desejaria que fossem escritas.

Cada profissão, em seu tempo e por quanto tempo foi necessária, me ofereceu exatamente a inspiração que eu precisava.

O cantinho de trabalho da Lu
Crédito da Imagem: Lu Piras

3. Conte um pouco sobre a sua trajetória no mundo literário.
R: Quando voltei de Portugal, estava decidida a começar uma nova carreira e, em 2009, ingressei na faculdade de Produção Editorial da UFRJ. Após quase três anos de estudos, acabei não concluindo a formação, mas escrevi um livro.

Desde então, publiquei sete obras (seis romances e uma coletânea), começando por “Equinócio – A Primavera“, primeiro volume de uma trilogia que chegou às livrarias em 2012. Até hoje, recebo mensagens de leitores pedindo o volume final da saga, que já está escrito, mas ainda precisa de uma boa revisão. Na época, conheci o universo da blogosfera (as redes sociais como o Instagram ainda não haviam explodido) e passei a participar de feiras literárias, bienais e projetos de incentivo à leitura, com visitas a escolas e palestras. Fui membro de três grupos literários e viajei pelo Brasil promovendo literatura.

Depois vieram “A Última Nota, Polaris – O Norte” (segundo volume da trilogia Equinócio), “Um Herói Para Ela“, “O Livro Delas” (com o conto A Voz do Coração), “Além do Tempo e Mais Um Dia” e “A Caixa de Música“.

Meus livros passaram pelas mãos de renomados agentes literários e editores — e tive a sorte de contar com profissionais incríveis, com os quais aprendi muito ao longo do caminho.

4. O que te inspirou a escrever “A caixa de música”? E o que os leitores podem esperar dessa história?
R: Esse livro, o mais recente a ser publicado, foi um imenso divertimento para mim, porque reúne tudo o que eu sempre buscava nos romances sobre viagem no tempo — e sentia que ainda faltava. A Caixa de Música é um objeto mágico que transporta Carolina (século XIX) e Beatriz (século XXI) para as respectivas épocas. Elas não apenas trocam de lugar, mas também de corpo, assumindo as identidades uma da outra.

Os leitores podem esperar protagonistas fortes, que amadurecem ao longo da narrativa, um romance de aquecer o coração, personagens coadjuvantes cativantes e muitas camadas de reflexão sobre a evolução da sociedade e o papel da mulher ao longo do tempo. É uma leitura rápida e envolvente, ideal para quem gosta de histórias sobre viagem no tempo, se interessa por moda, pelo Rio de Janeiro antigo, pela obra de Machado de Assis (que faz uma participação pra lá de especial na trama) ou simplesmente busca algo leve para ler num fim de semana chuvoso.

Como referência, inspirei-me em filmes como “A Casa do Lago” e “Em Algum Lugar do Passado” para compor a atmosfera mágica e nostálgica da história.

Crédito da Imagem: Amazon

5. Tem alguma novidade vindo por aí? Aliás, sei que você não vai conseguir vir para a Bienal do Livro. Mas quem quiser ver de perto as suas obras, onde elas podem ser encontradas?
R: Sim! Fui contatada pela editora L&PM, que está interessada em publicar uma nova edição de “Além do Tempo e Mais Um Dia“, originalmente lançado em 2015. Ainda não temos uma previsão exata de quando ele voltará a ser distribuído, mas a nova edição deve sair ainda este ano.

Esse livro conta a trajetória de um brasileiro, desde a infância até a vida adulta, em sua jornada para se tornar campeão mundial de corrida. Após contrair poliomielite e amputar as pernas, ele sonha em competir nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, em igualdade de condições com atletas não deficientes.

Em 2015, quando escrevi essa história, próteses de corrida ainda eram acessíveis apenas a atletas de elite e cercadas de debates sobre limitação e vantagem. Naquele tempo, o esporte paralímpico ainda era tratado pela mídia mais como curiosidade do que como excelência esportiva. Por isso, a editora fez uma leitura sensível da obra original, e juntos trabalhamos para construir uma nova edição, que valorize essa transformação — afinal, chegamos felizmente a um tempo em que os paraatletas passaram a conquistar mais espaço, respeito e visibilidade. Não por serem “exemplos de superação”, mas por serem, simplesmente, atletas extraordinários.

Além disso, tenho três projetos em andamento todos romances, e, dessa vez, sem elementos de fantasia. Dois deles com uma pegada mais YA, embarcam na onda coreana e são voltados ao público que ama doramas (mas não se limitam a esse universo!).

Infelizmente, não estarei presente nesta edição da Bienal, mas “A Caixa de Música” estará disponível no estande da V&R Editora. “Um Herói Para Ela“, publicado em 2014, ainda pode ser encontrado em alguns estandes ou na Amazon. Todos os meus livros — incluindo “Além do Tempo e Mais Um Dia” e “A Última Nota” — também estão disponíveis em versão e-book.

Crédito da Imagem: Lu Piras

6. Pergunta clássica do PJ: se pudesse salvar três livros de um incêndio fictício na sua biblioteca particular, quais seriam as escolhas?
R: O Diário de Anne Frank” (Anne Frank), “A Hora da Estrela” (Clarice Lispector) e “O Segundo Sexo” (Simone de Beauvoir). ♥

***

É isso, pessoal. :) Espero que tenham gostado dessa entrevista, que aparentemente tá grandinha, mas muito enriquecedora. Aliás, obrigada por ter topado Lu! Demorei muito para enviar as perguntas, mas finalmente foi!

Em breve, quero ler “A caixa de música“, que já tenho um exemplar aqui em casa (e um dia vou ter a minha dedicatória, que infelizmente, por conta da correria, não consegui na Bienal de SP). E ansiosa para os novos livros! Quem quiser acompanhar a Lu, só seguir no Insta. Ela é super acessível e querida! ♥

Agora quero saber: já conheciam a escritora? No mais, podem opinar à vontade.

Beijos, Carol. ^^

Post Antigo: Book Haul Bienal do Livro 2022
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