11.07.2023

Ei, Gente! :)

E a indicação literária da semana é “A morte é uma dia que vale a pena viver“, da autora Ana Claudia Quintana Arantes. Publicado pela Sextante (editora parceira), para mim é um livro que vale muito a pena ler.

Então, vamos lá? Bom post. ♥

Livro: A morte é um dia que vale a pena viver | Autora: Ana Claudia Quintana Arantes | Editora: Sextante
Número de Páginas: 219 (livro físico) | Nota: 4,8 livros
Crédito da imagem: Pequena Jornalista

Sinopse: Lançado em 2016, esse livro ganhou uma nova edição recentemente que fala sobre a arte de perder. A autora aborda o tema da finitude sob um ângulo interessante. Falar sobre a morte parece mórbido, mas ela traz uma visão diferente, contando aos leitores que a palavra em si não deveria assustar e, sim, a possibilidade de chegarmos ao fim da vida sem aproveitá-la.

Invertendo a perspectiva do senso comum, somos levados a repensar nossa própria existência e a oferecer às pessoas ao redor a oportunidade de viverem bem até o dia de sua partida. Em  vez de medo e angústia, devemos aceitar nossa essência para que o fim seja apenas o término natural de uma caminhada.

Opinião da Pequena: Apesar dele não ter recebido nota máxima, acho que é um dos meus livros favoritos desse ano. Foi até tema na minha terapia hahaha. Confesso que a morte é um assunto que me provoca medo, principalmente, em relação às pessoas que mais amo! Só de pensar na possibilidade de perdê-las, a angústia por aqui bate forte.

Não digo que não tenho mais receio sobre o tema, mas essa leitura me ajudou a compreender alguns pontos. Por aqui, estamos passando por um processo de uma pessoa muita querida que está em estado terminal. Não é fácil para a gente que está de fora, imagino para quem está convivendo 24 horas por dia. Porém, sinto que cada encontro da família, valorizamos ainda mais! Aliás, com esse livro, consegui entender um pouco sobre cuidados paliativos e achei bem interessante a proposta.

Em algumas partes mais teóricas de “A morte é um dia que vale a pena viver” fiquei perdida e em outras achei que a autora foi muito simplista, sabem? Concordo com muitas coisas que foram abordadas, mas acho que se uma pessoa está passando por um período assim modo hard, talvez tenha em mente “falar é fácil, né?”.

Mas tirando essas ressalvas, eu aproveitei cada capítulo. Tirei lições valiosas e aqueceu o meu coração em muitos momentos. Uma das certezas da vida é de que esse é o destino de todos! Mas a outra é que estamos vivos agora, então ter uma vida digna é direito e dever da gente. Para aí sim, termos uma morte digna também.

Achei bem importante ela falar sobre como muitas pessoas estão mortas por dentro, mesmo estando vivas por fora. Temos trechos sobre arrependimento, vida profissional, pessoal. Outro ponto, talvez polêmico, é de que não é porque alguém partiu que ela tem de virar santa. Infelizmente, em muitos casos de abandono é por conta do que a pessoa acabou plantando no decorrer dos anos. Claro, que há casos e casos, mas não cabe a gente julgar o outro.

Crédito da imagem: Pequena Jornalista

Tem um capítulo extra falando da Covid. A realidade e as lições que os médicos e pacientes tiraram. É pesado, mas bem necessário. Anotei vários trechos dos livros, mas um dos que mais chamou a minha atenção foi esse: “E a morte é um excelente motivo para buscar um novo olhar para a vida“. Foi um dos primeiros que marquei e fez toda a diferença.

Porém, calma. Não é que a gente não vai ter mais dias difíceis. Principalmente se você está estado terminal ou está vendo alguém importante nessa situação. Mas a maneira de lidar, depois da leitura, pode ser diferente. Aos poucos, claro. A médica também cita a importância de falar sobre esse tema, seja em um jantar ou na hora de jogar conversa fora. Parece muito mórbido, entretanto, é fundamental saber o que aquela pessoa deseja nos seus dias diante desse destino final.

Enfim, fala sobre religião, de um modo respeitoso. Mesmo não concordando com tudo, achei tudo bem explicadinho e coerente. Também encontramos parágrafos que abordam sobre luto e a importância de vivê-lo.

Enfim, quando esse livro chegou aqui, o meu marido perguntou: você está bem? Achei engraçado e até evitei de levar em alguns lugares hahaha. Mas juro, se eu puder te dar um conselho: leia, mesmo estando bem! Mesmo que pareça uma leitura que vá fazer sofrer, para mim foi totalmente o oposto. Mas vai no seu tempo, ok?

De resto, a capa traz uma paz e é uma das mais lindas. Comprei em uma promoção da Amazon e escolhi ler por conta de um Clube da Leitura que participei e o pessoal recomendou. Também teve um outro motivo, quando passamos por um perrengue giga, queria embarcar em algo que me desse um norte de como tratar essa situação. Deu certo!

E você já leu? Se não, fica a dica e garanto seu exemplar aqui. Já leu? Conta o que achou!

Beijos, Carol.

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carol

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