Ei, Gente! :)
No último fim de semana, comecei a ler “Relatos de uma BR em Buenos Aires“, da Ayumi Teruya. Ela é brasileira, mora na Argentina, estuda psicologia e escreve histórias com uma linguagem para lá de divertida sobre a sua desgraça alheia hahaha.
Sério, sempre quando encontro autores de chick lit é uma felicidade que não cabe no coração da pequena leitora que vos bloga. Afinal, é muito bom saber que esse gênero, aos poucos, vai ganhando espaço na vida de escritores brasileiros!
Ainda estou no comecinho da leitura, mas já estou me identificando e tentando rir bem baixinho para não chamar a atenção dos outros hahaha. E enquanto não sai resenha, quer saber mais sobre o livro em questão, a autora, seu novo lar doce lar e tal? Tchan Tchan…
Adivinha quem é a entrevistada do PJ da vez? A própria: pode falar Ayumi. ♥
1. Rir é o melhor remédio, né? E quando é da desgraça alheia também, né? hahaha :) Aliás, o que o leitor de “Relatos de uma BR em Buenos Aires” pode aguardar do livro, além de boas risadas?
R: Os leitores de “Relatos de uma BR em Buenos Aires” podem encontrar reflexões sobre as coisas que acontecem no dia a dia, pensamentos sobre ser estrangeiro no exterior e também alguns conselhos. Quem sabe uma dose de realidade de entender que, por mais que você vá viver em outro país, sempre existirão perrengues é que nenhum lugar no mundo é perfeito. Ah, e informações sobre a paquera na Argentina! Hahaha ;p
2. Qual é a importância de chick lit na sua vida? Tem vontade de escrever outros livros desse gênero ou pensa em diversificar?
R: O chick lit abriu as portas para que eu pudesse me conhecer melhor e entender diferentes pontos de vista do universo feminino. Muitas vezes a gente é cegada pelo que vemos diariamente, seja padrão de corpo, roupa, o que uma mulher deve e não deve fazer, mas geralmente nos chick lits entramos em situações mais reais, por mais que sejam histórias fictícias. Temos a personagem gorda que se aceita e está tudo bem, temos a mulher que lutou para ter determinada posição em uma empresa e te mostra que não é fácil, mas é possível. Elas costumam apresentar vários entendimentos do universo feminino e principalmente representatividade para as mulheres, um ponto de vista de mulher para mulher, como uma amiga contando algo que aconteceu (tirando talvez a parte romântica louca, que todas queríamos ter, mas parece que fica só na ficção mesmo). Um dos chick lit mais importante foi “Tamanho 42 não é gorda“, com 14 anos eu usava tamanho 42 e me sentia mal, mas depois de ler e ver como a Heather Wells se sentia confiante e era destemida e que a roupa é a que deve entrar no seu corpo e não o contrário, eu fiquei muito mais confiante. Minha vontade é continuar escrevendo chick lit, pra mim é um gênero muito gostoso de escrever e interessante de explorar as possibilidades.
3. Suas aventuras em Buenos Aires ainda continuam? Conte um pouquinho como é a sua rotina, tanto como turista quanto local.
R: Sim! Estar em um país novo é conhecer constantemente coisas novas a todo tempo e se surpreender com diferentes tradições e elementos culturais. Atualmente a minha rotina é bem estruturada, trabalho de manhã e estudo no horário da tarde e noite, nos fins de semana procuro sair com amigos e conhecer mais coisas da cidade. Para mim ainda é incrível ver como os argentinos adoram uma praça, é só sair um pouco de sol e lá estão eles jogados na grama tomando uma cerveja com amigos. Também há uma grande diversidade étnica e muitos estrangeiros, já cheguei a conhecer holandeses e russos ao ir em baladas e eventos com as minhas amigas. No geral, os estrangeiros costumam ser bem sociáveis. Por isso, se você vier para Buenos Aires é bom ter o espanhol e o inglês vem afinado!
4. Vi que você faz psicologia. Acredita que a escrita e a psicologia estão ligadas?
R: Com certeza! Sempre penso que a escrita nada mais é que criar vida no papel e para criar vida existe toda uma bagagem psicológica. Como esse personagem se sente, como ele pensa, porque ele faz o que faz, os traumas e como supera-los na narrativa. Sem falar que toda forma de arte é uma sublimação dos próprios pensamentos e sentimentos do escritor, uma das formas mais saudáveis de expressar aquilo que a pessoa sente, deseja ou até mesmo que gera ira. É colocar as palavras para fora do peito, desabafar em palavras.
5. Alguma dica de ouro para escritores e/ou aqueles que almejam esse caminho? Aliás, sente alguma diferença desse mundinho literário entre o Brasil e a Argentina?
R: Para mim uma dica de ouro é ser fiel a si mesmo, não procurar escrever o que está na moda ou seguir a risca as técnicas de escrita (claro que são importantes, porém se você deseja escrever algo diferente e sente que é correto, vá atrás disso, estude, trabalhe para que saia da melhor maneira possível, isso é inovar). Uma curiosidade é que na Argentina eles gostam muito de livros clássicos, principalmente de livros relacionados com psicologia, filosofia, a escrita deles é justamente assim, cheia de metáforas, pensamentos filosóficos e também gostam muito de política. Não encontrei muitas pessoas que leem chick lit, não existe um preconceito de “é livro de mulherzinha” como no Brasil, porém não é um gênero muito comum por aqui.
6. Curiosidade: alguma mania peculiar na hora de escrever?
R: Que pergunta difícil! Acho que escrever primeiro no caderno em qualquer lugar (ônibus, faculdade…) e depois passar para o computador pode ser uma mania… ou talvez já ir diagramando conforme vou escrevendo (e costumo me distrair com esses detalhes hahaha). Comer uvas também enquanto escrevo pode ser uma mania peculiar!
7. Pergunta clássica do PJ: se tivesse que salvar três livros de um incêndio em uma biblioteca fictícia, quais seriam os escolhidos (sem ser os seus hahaha)?
R: “Varre Vento” é um livro infantil que li na escola com 8 anos de idade, sabia as frases de memória e me gerava uma tristeza e ao mesmo tempo paz. Não lembro exatamente a última frase, mas era algo como “vou plantar pés de chorão para varrer o meu coração”, essa última cena ficou na minha cabeça e também parece um livro importante para as crianças em relação à preservação da natureza. O segundo é “Tamanho 42 não é Gorda“, pelos motivos mencionados anteriormente. “Sentimento do Mundo“, de Drummond”, é um dos clássicos, porém é tão atual. Essa sensação de pertencer junto a outros nesse caos que é viver no mundo atual. ♥
***
Sério, gente! Como não amar ainda mais chick lit e querer um dia de aventura em Buenos Aires? :) Gostaram? Espero que sim! Podem opinar à vontade.
Desejo todo sucesso do mundo, Ayumi. E muito chick lit! Aliás, quem quiser saber mais um pouquinho, vale acompanhar o blog da hermana. Ah! Quer garantir o seu exemplar? Também está disponível no Clube de Autores.
Beijos, Carol. ♥
Post Antigo: Por que eu leio chick lit?
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Oi Ca,
Amei conhecer a escritora. Gosto do gênero e amei ver aqui a entrevista para conhecer um pouco mais dela e de seu livro. Comer uvas enquanto escreve é uma mania bem legal rs
Beijos.
http://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Entrevista mais gostosa de ler. Adorei lê-la. Perguntas e respostas muito boas.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Vanessa: Bem diferente, né? Hahaha! E que bom que gostou. Recomendo o livro! ♥
Emerson: Oba! Que bom que gostou. :)