04.02.2019

Ei, Gente! :) E a primeira entrevista do ano está no ar. Aliás, sobre um assunto que nunca falei muito por aqui, mas amo: BBB. Hoje em dia, não assino mais o Pay Per View, porém, assisto fielmente ao programa na Globo. Já tenho os meus favoritos dessa 19ª edição, inclusive uma indicação de livro sobre o tema: Big Brother no Brasil – Estratégias de Comunicação, dos autores Erika Lazary e José Carlos Rodrigues, publicado pela editora CRV. E a Erika topou contar um pouco sobre a obra e o famoso “fogo no parquinho” (fala do nosso querido Thithi, apresentador do programa). Afinal, será que é um entretenimento válido? Então, partiu dar aquela espiadinha no resultado desse bate-papo? Bom post! ;-)

Pj Entrevista - Erika Lazary - 1Crédito da Imagem: Pequena Jornalista 

1. Conte um pouco sobre o livro, desde a ideia, a concepção e o resultado.
R: O livro surgiu de uma parceria maravilhosa com o professor José Carlos Rodrigues, que foi da minha banca de mestrado. A dissertação procurou investigar “por que o BBB fazia tanto sucesso”. Orientada pelo professor Bernardo Jablonski, aprofundei em diversas teorias da comunicação, aliando com as teorias de psicologia. Na ocasião, estudamos profundamente o BBB (5ª edição). Assistia ao programa pelo pay per view por mais de 10 horas (por dia), visitei a casa do BBB, entrevistei participantes e profissionais da Rede Globo diretamente ligados ao programa. Então, após a defesa do mestrado, o professor José Carlos sugeriu continuarmos estudando e quando o programa completou 10 anos, lançamos o livro “BIG BROTHER no BRASIL – estratégias de comunicação” (Editora CRV), analisando como foi a década do programa no Brasil.

2. O que os alunos de comunicação, entre outros cursos, podem aprender com a leitura na prática?
R: O livro tem muito conteúdo informativo, especialmente para os que se interessam por comunicação, psicologia, filosofia, teorias de massa. Analisamos a perspectiva dos telespectadores, dos participantes, do programa e, especialmente, de como se relacionam entre si, utilizando essas teorias.

Pj Entrevista - Erika - BBBCrédito da Imagem: Divulgação 

3. Afinal, o Big Brother Brasil é um entretenimento válido? Por que as pessoas criticam tanto e outras assinam até pay per view?
R: Qualquer entretenimento pode ser válido, dependendo do que cada um faz com ele. Nós aproveitamos a repercussão do programa para tentar entender como ele funcionava. E foi extremamente válido! Resultou em um livro lindo, cheio de conteúdo e reflexões. Ao longo do nosso estudo, fomos aprendendo que não é possível progredir no entendimento desta atração adotando a perspectiva de desqualificar o programa. E sabe o que mais?! Aprofundando na reflexão, a crítica azeda que leva à depreciação do programa, muitas vezes, pode esconder preconceitos amargos que na verdade se dirigem contra os telespectadores (que supostamente seriam passivos e desprovidos de senso crítico). Essa oposição que começa na crítica ao BBB é apenas uma dentre os diversos níveis de oposições que permitem ao programa atrair públicos amplos e variados.

4. Três lições estratégicas de comunicação que podemos tirar desse reality show, que está na sua 19ª edição no Brasil.
R: O livro BIG BROTHER NO BRASIL trata das relações entre telespectadores, televisão e celebridades. Tem como principal objeto um programa de televisão que se aproximou (mais que os outros) da finalidade máxima de conquistar audiência. Para isso, o Big Brother produz estranhas simbioses entre público e privado, transformando bastidores em palco e garantindo a satisfação da curiosidade sobre a intimidade alheia. O programa insinua que a democracia pode ser obtida como um passe de mágica, sugerindo que as oportunidades estejam abertas a todos. Estimula a crença na realização dos sonhos maiores de pessoas comuns, em troca “apenas” do confinamento por alguns meses e da exposição estereotipada de determinados comportamentos.

5. Anonimato ou vida pública? Até que ponto dar aquela espiadinha no “fogo no parquinho” pode ser benéfico ou trazer malefícios?
R: O que seria benéfico ou maléfico??? O que é bom para alguns, pode não ser para outros. E vai depender também do ponto de vista analisado. Mas no geral, tudo vai depender de como cada um vai receber o estímulo. O que podemos falar sobre o telespectador, é que há sempre um pensamento do tipo “o que faria diante de tal situação?”. Além disso, observar pessoas comuns dentro da “telinha” pode sustentar um desejo de vir a ser alguém famoso: “se ele está na TV, quem sabe um dia eu poderei estar também”. E, claro, o fato de estar fora da TV dá uma sensação muito confortável de ser um (suposto) juiz com todo aval de julgar sem ser julgado. Todas essas observações estão no livro e são fortemente embasadas em teorias e análises sobre a comunicação de massa.

f8A8lXyN_400x400Crédito da Imagem: Twitter Big Brother Brasil 

***

E vocês? Curtem BBB? Podem opinar à vontade! E, claro, fica a dica literária, seja estudante ou apenas um curioso sobre esse universo do Grande Irmão!
Ah! E quem quiser comprar o livro, é só clicar no site da Editora CRV ou se você for do Rio de Janeiro, pode retirar o seu exemplar com desconto (apenas para leitores do blog ^^). Para saber mais informações sobre essa segunda opção, é só enviar um e-mail para mim (pequenajornalista@pequenajornalista.com), ok? E fique de olho, que em breve teremos um sorteio lá no Insta do PJ. ;-)
E muito obrigada pela confiança e parceria, Erika! Todo sucesso do mundo!

Beijos, Carol. 

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P.S: Esse post é um publipost! ;-) 

carol
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