22.11.2017

Ei, Gente! :) E a dica literária do dia é Fazendo as pazes com o corpo, da Daiana Garbin. O livro, publicado pela editora Sextante (parceira do blog), conta a jornada da autora para vencer a relação doentia com a comida e a obsessão pela forma perfeita. Desde já, recomendo a leitura para todos, independente se você tem algum tipo de transtorno alimentar ou não. Enfim, vamos lá? Boa resenha! 

PJ Leu - Fazendo as pazes com o corpoLivro: Fazendo as pazes com o corpo | Editora: Sextante | Autora: Daiana Garbin

Sinopse: Daiana Garbin passou 22 anos odiando o próprio corpo. Sentia-se eternamente inadequada, deseja ser reta, seca. Só pele e osso. Tinha vergonha de si mesma e de seu descontrole diante da comida. Encarou dietas hiper-restritivas, passou por três cirurgias plásticas, fez procedimentos estéticos agressivos e ficou viciada em remédios para emagrecer. Sempre acreditando que um corpo magro lhe traria paz e felicidade. Foi só depois de muito sofrimento que ela descobriu que a insatisfação profunda que sentia em relação ao corpo não era vaidade nem frescura: era doença.

Diagnosticada com transtorno alimentar, a autora decidiu compartilhar sua história para ajudar as pessoas que sofrem em silêncio por querer se enquadrar em padrões inatingíveis e acabam deixando de aproveitar a própria vida. Ela revela o longo caminho que percorreu para aprender a ficar em paz com o corpo e com a comida. Os altos e baixos, o que deu certo, o que deu errado. As vezes que quis jogar tudo para o alto e o momento em que percebeu que existia uma saída.

Um livro que traz entrevistas com especialistas na área, desde nutricionistas até psiquiatras. Faz com que o leitor pense sobre os perigos alimentares, o lado nocivo das redes sociais e o padrão de beleza irreal que a mídia impõe. Além disso, mostra como a autocompaixão pode ajudar no processo da cura. Que aliás, é um exercício diário!

Minha opinião: Desde o dia que teve o encontro de livreiros da Arqueiro e Sextante, pensei: preciso ler o livro dessa autora! Conheço pessoas que sofrem de transtorno alimentar e eu queria entender mais e ter uma noção de como ajudar. Além do mais, no mundo de hoje, onde na maioria das vezes o padrão da beleza fala mais alto,  imaginei que o livro poderia abrir meus olhos também. E não me enganei. A Daiana fala a verdade nua e crua, mas sem ser cruel e  colocando panos quentes. Ela mostra a realidade, mas dando o carinho e apoio que são tão importantes para quem passa por isso. Ela não te dá a fórmula mágica para a “cura”, porém, conta que você não está sozinho e que seu problema tem uma solução. Só que é um um exercício diário! Não é da noite para o dia que as coisas mudam. Mas só de enxergar que algo está fora do eixo, já é um grande caminho.

Com a leitura, aprendi que não há mal algum em querer se sentir bem, mudar coisas que incomodam. Entretanto, o exagero, a busca pela perfeição, não é nada saudável. Aliás, essa palavra “perfeito” não existe! Ela é linda na teoria, mas na prática pode tornar sua vida um transtorno, no sentido literal mesmo. E por experiência própria: a gente tem que parar de achar que uma pessoa magra é mais feliz. Quando ganhei uns quilinhos a mais, passei a me sentir mais segura. Não foi de propósito, mas aconteceu. Óbvio que têm aqueles dias que uma coisinha me incomoda aqui e ali, mas acontece. E com esse livro me toquei mais ainda que tudo bem ter esses dias.

PJ Leu - Fazendo as pazes com o corpo - 2Aprendizados! 

Fazendo as pazes com o corpo me mostrou ainda mais que o equilíbrio é a palavra-chave. Restrição que não tenha a ver com saúde, só faz mal. Ir numa festa e negar um bolo de chocolate com um refri, sem precisar de fato, só para seguir um padrão, não faz sentido. Mas claro que comer isso todo santo dia, toda hora, não vai ser saudável. É o equilíbrio que faz toda a diferença. E a gente tem que tentar praticar diariamente essa palavra! E saber que não é fácil, mas não é impossível. Também reforcei um aprendizado:  quando temos um problema, não é vergonhoso procurar por ajuda. Pode acreditar, essa atitude só vai fazer bem, por incrível que pareça. E, por fim, siga e esteja ao lado de quem te inspira. Não quem te faz se sentir uma pessoa inferior.

Para mim, a leitura fluiu. Porém, pode ser que para alguns leitores, ela seja mais difícil. Afinal, ler o que acontece exatamente com você, não deve ser nada fácil. Mas não desista. Vale cada palavrinha! Destaque para o capítulo 4, que mais me marcou. E o prefácio: um dos melhores que já li. Enfim, do começo ao fim, é aquela leitura que vale a pena. Tendo ou não transtorno. Conhecendo ou não alguém que passe por isso. Essa história mostra que precisamos urgentemente rever nossos conceitos. Em todos os sentidos, principalmente no de padrão de beleza! Obrigada, Daiana. Que a sua história inspire todo mundo. Ela me inspirou e me marcou! 

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Já leu? Conta o que achou. Ainda não? MEGA RECOMENDO!

Ah!! Essa semana vou postar uma entrevista mega bacana com ela. ;-)

Beijos, Carol.

carol

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