29.05.2015
(Por Teca Machado)

Você está na praia, toda feliz e bronzeada, vendo tanto acima da água quanto embaixo um dos cenários mais lindos que já viu na vida. Fica tão vidrada com o recife e com a vida marinha que nem percebe que tinha um ouriço no meio do caminho, no meio do caminho tinha um ouriço. E entre o caminho e o ouriço, pior ainda, tinha o seu . Um pé com pé de pato, ou seja, só com a pontinha do calcanhar para fora. Mas como Murphy é malandrinho e adora aplicar a Lei dele em você só para saber quanto drama você faz, você pisa no ouriço, justo com a pontinha do pé que estava para fora. 
Droga, Murphy! 
Esse foi um dos meus dramas mais recentes. Estava numa viagem para Punta Cana com o meu noivo e o pessoal do seu trabalho. Tudo lindo, tudo maravilhoso, um passeio de barco em mar aberto em piscinas naturais. Era apenas o segundo dia de viagem ainda. Aí eu fui e pisei em um ouriço-do-mar
Posso dizer uma coisa para vocês: Doeu para caramba
Numa paisagem dessa eu NÃO estava preocupada com ouriço-do-mar
;-) 
O recife onde eu pisei estava logo ali à direita….
;-( 
Dei um berro, sem saber porque estava doendo (Ai, Jesus, um tubarão mordeu meu pééé???) e levantei o calcanhar para fora da água. Quando olhei, uns seis espinhões enormes metade para dentro da pele e metade para fora. Meu noivo me rebocou para o barco em que estávamos e juntou aquele tanto de gente para ver o que aconteceu com a desastrada que não consegue passar uma viagem sem machucar, cair ou sofrer um acidente. 
O motorista do barco, um dominicano, tirou as espinhas, passou um antibiótico e pediu para eu não colocar o calcanhar no chão pelo resto do dia. Não que eu tivesse a intenção de fazer isso, estava latejando. Vi que tinham quatro pontinhos pretos ainda no pé, perguntei se era espinho e o cara disse que não, que era tinta do ouriço, para nem preocupar que saia. Ok. Não deixei isso estragar o resto do passeio. Continuei nadando, me diverti e tudo o mais, mesmo que doendo. 
Enfiei meu pé em vinagre (Porque segundo os locais e o Google, ele dissolve o espinho), mas não adiantou. No outro dia estava doendo e inchado. E no seguinte também. E no outro. Até o fim da viagem, já estava colocando o pé no chão, mesmo que meio incomodo. 
Parece piscina, mas é mar. E o meu pé já estava carimbado aí. 
;’-)

Voltei para casa quase uma semana depois do ocorrido, vida normal, vida que segue. Mas o troço ainda estava incomodando. Tinha certeza que tinha espinhos lá dentro do pé. Até que não aguentei mais. Fui ao hospital, no Pronto Atendimento. “Vai ser simples. Fazer um cortezinho, tirar e voilá”. Fui sozinha, bem tranquila. Chegando lá, o médico disse que estava bem fundo e que ia precisar fazer uma mini cirurgia para tirar. Oi? “E vai doer muito, viu? Calcanhar é sensível”. Que “legal”. Quando o médico diz que não vai doer, sempre dói. Se ele diz que vai doer muito, o que será de mim? 
Fiquei tensa, mandei mensagem para o noivo: “Cadê você para segurar minha mão?” e para a amiga “Bel, estou sozinha, vou tomar anestesia e a minha bateria está acabandoooooo”. Fora que a minha mãe não podia vir me acudir e o meu pai estava fora da cidade. 
No fim das contas, DOEU PARA CARAMBA. Eu não falo palavrão, mas na hora que o médico aplicou a anestesia local quatro vezes, uma para cada espinho, xinguei mentalmente, confesso. No fim saí de lá com o pé enfaixado, mancando e latejando. E voltei dirigindo para casa ainda. 
No outro dia tive dois casamentos e um evento de trabalho. Fui com a faixa no pé, fazer o que. Passei mais quatro dias mancando, mas acho que agora, mais de uma semana depois, está 100%. Ou quase. 
Então, uma dica para a vida de vocês: Não pise num ouriço-do-mar. 

***
O Projeto Drama Queen é uma parceria dramática, exagerada e humorística entre os blogs Casos, Acasos e Livros e Pequena Jornalista, com participação especial de outras blogueiras que queriam dar o seu relato. Procure os outros textos na na barra lateral de busca. Tem um drama para nos contar? Envie para projetodramaqueen@gmail.com. 
Teca Machado. 
carol

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