Ei, Gente! :)
Hoje é dia de entrevistar mais uma autora brasileira: a Camila Sodré, que escreveu “A um clichê de você“, história que já foi finalista do prêmio Amazon.
Além disso, ela coleciona fanfics, que viraram livros. Nessa conversa, contou também sobre as dores e delícias de ser escritora no Brasil. Falou da importância das comédias românticas e revelou quais livros salvaria de um incêndio fictício.
Quer saber mais? Confira a entrevista completa agora mesmo com a fanfiqueira, jornalista, escritora e roteirista Camila Sodré. Boa leitura! ♥
1. Conta um pouco sobre a sua trajetória como escritora? Desde a primeira fanfic até por exemplo, sendo finalista do prêmio Amazon com “A um clichê de você”.
R: Eu mergulhei no universo das fanfics como leitora, ainda na adolescência. Eu era fascinada pelas fanfics interativas do McFly, e chegava correndo do colégio todo dia para ler as atualizações das minhas preferidas. Depois de ler o site quase todo, fiquei com vontade de ler algo muito específico e, como não achei, escrevi e enviei minha primeira história. Fui conhecendo tudo aos poucos, formando um grupo de leitoras, e minha segunda fanfic, que chamava “Summertime“, estourou na época (e anos depois se tornou um livro, “À Milésima Vista“). A paixão pela escrita me levou para o jornalismo, mas eu não falava muito sobre minha versão escritora por aí, brinco que foi minha fase Hannah Montana (hahaha). Em 2018 fui convidada pela minha editora, a PS Edições, para lançar um livro com elas, depois de ter lançado um só para o meu grupo de leitoras. Topei, me mostrei para o mundo, e desde então foram cinco livros publicados, a final do prêmio da Amazon e muita história boa pra contar.
2. Aliás, como é ser escritor no Brasil? As dificuldades e delícias que encontra no meio do caminho. :)
R: Eu adoro escrever, mas é muito difícil viver somente disso no Brasil. Quem eu conheço que vive de escrita, costuma escrever ficção, roteiro audiovisual, trabalhar com tradução e outras nuances que o ambiente literário traz. Ainda é bem complicado se destacar, mas vejo que nos últimos anos, com o avanço das redes sociais, o público tem dado mais chance aos livros e autores nacionais e também à literatura jovem. É uma delícia ter essa proximidade com seu público, poder trocar, poder trazer um pouquinho da gente para as nossas histórias, apesar dos percalços.
3. Na sua opinião, qual é a importância da comédia romântica literária? E o que as pessoas que ainda não embarcaram nas suas histórias vão encontrar?
R: Eu amo uma boa comédia romântica que não se leva tão a sério, que o propósito é fazer rir, fazer suspirar, e também (por que não?) fazer pensar na vida. Sempre houve um estigma em relação ao gênero justamente por ter sido nomeado, lá atrás, como “literatura de garota”, mas felizmente vejo muita evolução nesse sentido. Não é demérito algum querer ler por entretenimento e diversão, muito pelo contrário. Eu gosto de ler para me desconectar do mundo, e não há nada melhor do que um romance para isso. Quanto aos meus livros, quem ainda não leu pode contar com protagonistas que te fazem suspirar (e querer socá-los, às vezes, na mesma proporção), referências à cultura pop, memes, tropos bem fanfiqueiros e umas horinhas gostosas com uma história que vai te fazer feliz.
4. Pergunta clássica do PJ: se tivesse um incêndio fictício na sua biblioteca, quais seriam os três primeiros livros que salvaria? (não vale os seus hahaha)
R: Ai, que difícil hahaha. Eu tenho muitas fases com autores que eu amo, mas acho que o primeiro que eu salvaria seria “Mulherzinhas“, da Louisa May Alcott. Esse é meu livro favorito desde que li aos 12 anos para um trabalho de escola, e eu não poderia deixar Jo March queimar, hahaha. Minhas paixões recentes são livros das autoras Emily Henry e Taylor Jenkins Reid, então algum delas, e também salvaria alguma obra das minhas amigas (talentosíssimas!), provavelmente “Estive em Dublin e Lembrei de Você“, da
Heloísa Bernadelli.
5. Uma mania peculiar como leitora e outra como escritora?
R: Como leitora, eu gosto de desvendar qualquer mistério da história muito antes do desfecho, me sinto uma grande detetive. Não precisa nem ser uma história de suspense, mesmo em um romance, se alguém tem um segredo, saiba que eu estarei confabulando página a página (hahaha). Como autora, eu amo pesquisar tudo aos mínimos detalhes. A pesquisa é necessária ao trabalho do autor, sim, mas me divirto muito fazendo e talvez eu exagere um pouquinho. O algoritmo do meu notebook nunca mais foi o mesmo desde que comecei a escrever, e sem dúvidas ele deve pensar que sou maluca.
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Gostaram? Eu adorei e sou louca para ler as histórias da Camila que, a propósito, é prima de uma amiga de SP. Esse mundo é muito pequeno hahaha.
Todo sucesso do mundo para você, viu? Obrigada por ter topado conversar com o PJ. E que venham mais fanfics e ótimas comédias românticas, que de rasas não tem nada! Obrigada por contribuir para esse gênero literário tão incrível.
Ah! Esse ano, a autora não vai estar na Bienal. Ela até liberou “A um clichê de você” na Amazon, quando começou o evento (que rola até dia 22 de junho), mas o post acabou saindo depois da promoção (que já encerrou). Mas quem tiver Kindle Unlimited, a história está disponível por lá também. E, claro, vale garantir o e-book também, quem puder.
Quer acompanhar a escritora nas redes sociais, conhecer os livros e tal? Ela está no Instagram, Twitter (ambos @cahsodre) e no Tik Tok (@cahhsodre). No mais, podem opinar à vontade. ♥
Beijos, Carol.
Post Antigo: Livros de autores nacionais – Bienal do Livro
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