22.01.2025

Ei, Gente! :)

E a primeira entrevista do ano está no ar. Oba! E uma das metas de 2025 é trazer mais bate-papos com autores brasileiros aqui para o blog.

Para começar…. Ela é de Floripa e sua grande companheira de vida é uma máquina de escrever! Bem propício, né? Lembra a menina de Indiana Jones e sua jornada ao lado da sua fiel escudeira tem influência do cantor Vitor Kley.

Para a Marina Hadlich, não tem tempo ruim: vende água na rua e de brinde, a pessoa ganha o seu livro! Mas essa escritora brasileira, advogada por formação, vai bem além.

Vamos lá? Boa leitura! ♥

Crédito da Montagem: Pequena Jornalista | Crédito da Imagem: Acervo Marina

1. Quando virou a chave e descobriu: quero seguir escrevendo e lendo à beira-mar?
R: Quando saí da área do Direito (em 2017) tinha a intenção de viver da minha escrita, mas sabendo que o caminho inicial seria mais difícil, decidi trabalhar com outros projetos em paralelo, como a criação de brinquedos educativos e souvenir. Em 2021 eu e meu marido estávamos trabalhando juntos e ele decidiu contratar outra pessoa para que eu pudesse focar totalmente na minha carreira literária. Foi um grande passo para a minha escrita e também para a divulgação dos meus livros (o primeiro já tinha sido lançado em 2019), pois tudo toma muito tempo para entregar o meu melhor para os leitores. Hoje moro num bairro inspirador que tem praia por perto, quando preciso de inspiração, basta uma caminhada. E
nesse paraíso chamado Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, que ainda quero ambientar um romance romântico que está em fase de planejamento.

2. Aliás, conta um pouco sobre como é ser a “menina da máquina de escrever” e esse projeto tão incrível?
R:
A ideia começou com um vídeo que me mandaram do cantor Vitor Kley em Nova York encantado com uma moça na rua fazendo poesia na hora numa máquina de escrever. Eu já tinha uma máquina de escrever em casa, que era do meu avô, mas que ficava só de decoração. E pensei: eu tenho a máquina, gosto de conversar com leitores e de projetos literários. Fui para a praça central da minha cidade, Florianópolis, em 10/1/2024 e comecei a escrever de graça para quem passasse. São pequenos cartões com micropoemas ou microcontos, a depender da palavra que a pessoa me dá de inspiração. E essas palavras muitas vezes animam o dia das pessoas, outras saem da minha mesa chorando e se despedem com um abraço. É tão gostoso ver como minhas palavras podem transformar o dia de alguém. Depois disso já me chamaram para escrever em eventos, livrarias, vou à feiras, eventos literários e onde consigo um espaço, me sento, abro a maleta da máquina de escrever e começo a datilografar algo inesperado. Muitas vezes até eu me surpreendo com os textos, começo a escrever e não sei como vou terminar. Escrevi mais de 1.300 textos, todos sempre diferentes, mesmo com a palavra de inspiração que já tenha sido dita. Já fui para Bienal da Bahia, São Paulo, já escrevi até na praça de Gramado. A máquina de escrever tem me levado para viajar pelo Brasil. O sonho dessa escritora se tornando realidade. E é uma forma de divulgar a minha escrita e de uma forma diferente e peculiar. E sim, eu adoro quando as pessoas me reconhecem e já falam: olha a moça da máquina de escrever. Tão bom saber que nosso trabalho está sendo lembrado e reconhecido, ainda mais sendo mulher no meio literário. Com esse projeto eu digo que estou cumprindo o meu propósito que é levar amor e alegria por meio das histórias.

P.S: Se quiserem me chamar para evento, vou ficar super feliz. E podem também me encontrar na Praça XV, em Florianópolis, às quartas-feiras, das 11h às 13h, escrevendo de graça na máquina. Também estou produzindo quadros personalizados, com textos escritos com as características da pessoa, tudo isso feito na máquina charmosa. E olha que hoje já tenho 3 máquinas de escrever. Tudo feito para emocionar as pessoas.

Crédito da Imagem: Acervo Marina

3. Tem algum gênero que se sente mais à vontade escrevendo ou pretende escrever (e ainda não escreveu)?
R:
Já escrevi livro infantil, livro para adultos, entre eles de conto, comédia romântica e agora um romance com mais drama. Até livro de terror/thriller já escrevi (mas ainda não foi publicado). Mas o que me sinto mais à vontade é nas narrativas curtas, nos contos, pois sendo uma pessoa ansiosa, não só a escrita, mas também a reescrita e a revisão do texto são mais rápidas e assim consigo apresentar aos leitores logo o meu trabalho. O romance geralmente demoro mais para escrever e muito mais para reescrever, arrumar o que está fora do lugar, essa etapa me consome bastante e vou postergando. Por isso, as pessoas conseguem acompanhar mais meu trabalho de contos pela minha newsletter quinzenal. Já o romance, narrativa longa, um a cada dois anos. Tenho já quase finalizado um romance com uma antagonista, algo diferente dos meus outros escritos. E tenho já planejado num caderno um outro romance romântico que quero escrever ainda esse ano, aquele, com cenário de praia que fica no meu bairro.

4. Uma mania peculiar como escritora e outra como leitora?
R:
Uma mania peculiar como escritora é anotar todos os dias num calendário se escrevi ou não e o tipo de escrita, se de conto, romance, na praça com microcontos. Também para ver quanto tempo estou me dedicando à cada projeto (longa ou curta duração) e se estou mais ocupada com divulgação da minha escrita ou com a escrita em si. Já como leitora preciso ler todos os dias 10 páginas, é uma disciplina matinal. Geralmente essas páginas são de algum livro de estudo, técnico, ou de não-ficção. E todo o restante do dia que eu puder ler será algo de ficção. E com essa prática de 10 páginas por dia minha leitura já rende muito mais no final do ano e eu nem percebo. Fica aí meu incentivo para quem quer começar uma rotina de leitura que não fique pesada.

Crédito da Imagem: Acervo Marina

5. Três livros que salvaria de um incêndio fictício na sua biblioteca particular?
R: Antes eu guardava muitos livros, depois passei a guardar apenas os nacionais e autografados, agora já estou passando vários adiante pensando que estão ali amarelando e que outras pessoas podem se emocionar com as histórias como eu. Então dos livros que ainda tenho na minha estante e que já li, levaria comigo:

    Cada um por si – Titanic – Um romance, de Beryl Bainbridge; não pela história em si, mas
    sim pela dedicatória que ele carrega. Ganhei o exemplar do meu pai quando era bem nova e
    tem uma mensagem linda dele para mim. Já sendo falecido é uma das lembranças mais
    significativas que tenho dele.

    A pequena coreografia do adeus, da Aline Bei; pois a escrita dela sempre me encanta.

    O avesso da pele, do Jeferson Tenório; um livro que traz muito do que a nossa sociedade
    vive e para refletir sobre como ser antirracista.

    P.S: Se pudesse adicionar um infantil: “Você é especial”, do Max Lucado; cuja mensagem serve
    mais para adultos do que para crianças, sobre cada um ser especial e não precisar se
    comparar com os outros. Mensagem que serve para os tempos atuais.

    Crédito da Imagem: Acervo Marina

    ***

    É isso, pessoal. :) Muito querida, né? E posso confirmar que é ainda mais pessoalmente. ^^ Aliás… Quem já quer um cartão escrito por ela nessas máquinas perfeitas? Vem para o Rio, Marina! ♥ Parabéns pelo trabalho lindo e inspirador e mais sucesso para você! Esse ano, quero ler “Até essa comédia se tornar romântica“, que já está no meu Kindle Unlimited.

    Ah! Quem quiser conhecer mais os trabalhos, da rotina de uma escritora, pode seguira a autora no Instagram: @marinahadlich. E para se inscrever na newsletter e receber os contos de graça: só clicar aqui.

    Gostaram? Já conheciam? Podem opinar à vontade! E me contem: quem deve ser o próximo entrevistado, hein? ;-)

    Beijos, Carol.

    Post Antigo: PJ Entrevista – Aimee Oliveira
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