26.05.2014
Olá, Gente, tudo bem?
No sábado, conferi de pertinho o lançamento do segundo livro (“Freud, me segura nessa“) da série “Freud, me tira dessa”, da autora brasileira Laura Conrado. Pensem numa pessoa fofa, espontânea e mega divertida. A Laura é a própria. Gente como a gente, mesmo! No dia, ela conversou com a pequena blogueira que vos bloga. Contou sobre a sua vida de escritora e a sua paixonite aguda pelo terapeuta quando tinha 22 anos, história que inspirou a série. Olha, ela até pode não ter fisgado o gato terapeuta, mas conseguiu muito mais. Em 2012, ganhou o Prêmio Jovem Brasileiro como destaque na Literatura e o 1º livro da série foi considerado o melhor “chick lit” nacional pela votação popular. E tem muito mais pela frente, sem dúvida. Pois é…. #chupaterapeuta (brincadeirinha hahaha)! Enfim, vamos lá? Com vocês, Laura Conrado! ;-)
Entrevista Autora Laura Conrado
♥
1. Como surgiu a ideia de escrever a série “Freud, me tira dessa”? Tem a ver com a sua vida amorosa?
R: Eu sempre quis trabalhar com o público feminino. Já estava querendo falar também sobre coisas que faziam sentido para mim nessa trajetória de me tornar uma mulher adulta. Então, eu lembrei de uma história que aconteceu comigo quando eu tinha 22 anos: eu me apaixonei pelo meu analista! Uma história divertida e de autoconhecimento. A série é baseada na minha vida, aliás, estou quase sempre escrevendo assuntos que se relacionam com questões minhas.
2. Qual é o seu conselho para quem se sente uma “Catarina” na vida amorosa?
R: A Cat é uma pessoa que está muito a fim de se descobrir e de ser feliz. Uma coisa que eu gosto da minha personagem é que ela não joga poeira debaixo do tapete. Se tem algo incomodando, ela não arruma uma forma de esquecer e vai a fundo nas questões (claro, no tempo dela). Quando temos uma tristeza, um incômodo, temos que parar e analisar. A galera hoje emenda um namoro no outro, uma balada na outra, ninguém quer entender a tristeza. E, às vezes, a tristeza é legal para gerar mudança.
3. Pode contar uma curiosidade da série que nem todos sabem? Aliás, a série vai ter continuidade?
R: A ideia de escrever o livro surgiu em Portugal. Algumas amigas da Cat são amigas minhas! O Luiz, o terapeuta, existe mesmo. Não se chama Luiz, mas o jeito que eu o descrevi na série é exatamente igual ao jeito do analista que me atendeu na vida real. Quanto à continuação, eu quero muito que tenha e acho que as minhas leitoras também. Já estou tendo um retorno muito positivo do segundo livro. Se rolar mesmo e se o público quiser, eu já tenho uma problemática para a Catarina no terceiro livro. Um problema para o qual o Freud vai precisar ajudá-la. (p.s: A autora contou depois na conversa com os leitores que talvez escreva um livro com a visão do terapeuta. Vai que ele se apaixonou por ela também, né? Como a Laura diz, todo mundo gosta de saber que uma pessoa sente algo a mais pela gente, né?)
4. Qual é a tarefa mais difícil e emocionante da sua vida como escritora?
R: No início da minha carreira, o mais difícil era oportunidade. Agora é ter disciplina. Eu sou uma pessoa meio caótica, gosto de criar, tenho ideias na hora, não tenho um horário. Criar um sistema de trabalho é difícil para mim. E a mais emocionante é estar com os leitores, conhecer uma pessoa que leu o seu livro, se identificou, quer autógrafo, conversar com você, receber e-mail deles. Essas coisas são fantásticas! Várias vezes, eu já fui dormir chorando de alegria e emocionada. É a maior recompensa do meu trabalho!
5. O que não pode faltar para quem deseja ser uma escritora? Como funciona o processo?
R: Eu acho que não pode faltar coragem e cara de pau. O trabalho do livro começa quando ele é publicado. Grande parte do trabalho, começa na hora da divulgação. Aquele que tem coragem de divulgar o seu trabalho e é mais desinibido, realmente tem um vantagem. Fazer o livro acontecer! Em relação ao processo, eu adoro criar, inventar pessoas, problemas, nomes. Quando eu estou escrevendo, o meu quarto fica todo zoneado. Vou pregando as ideias na porta do guarda-roupa, nas paredes. Eu funciono assim, a criatividade vem, na hora anoto no celular e tal. O meu processo é um pouco caótico. Depois mando o original para algumas pessoas da minha confiança e para o editor. Vamos melhorando, construindo juntos. Existe também o desapego do texto. Tem que entender que as colaborações são muito bem-vindas, que realmente vão abrir o texto e torná-lo melhor. O editor indica os pontos que estão confusos, que podem ser enxugados, aumentados. Tem que confiar! ;-)
6. Você sempre quis ser escritora? O que te motivou?
R: Desde pequena, o meu sonho era ser escritora. Eu escrevia umas histórias no caderno, rasgava a folha e pregava na parede do banheiro, pois eu queria ser lida. Fiz jornalismo querendo escrever! Eu estava muito insatisfeita, pois nessa profissão de jornalista você não pode inventar histórias, tem que ser fiel aos fatos. E eu queria inventar, falar das coisas que eu tinha vivido, que fossem me ajudar a me resolver, do que eu sentia e que tocassem outras mulheres.
7. Se tivesse que salvar três livros num incêndio na sua biblioteca, quais salvaria? (não vale os seus hahaha)
R: Eu salvaria: “Os irmãos Karamasov” (Fiódor Dostoiévski), “Antes do baile verde” (Lygia Fagundes Telles) e “A hora da estrela” (Clarice Lispector). São livros que me marcaram muito e de autores que eu aprecio muito. Queria levar mais, né? rsrsrs ;p
Laura e Pequena Jornalista (crédito: Clary)
Livros da série “Freud, me tira dessa” (crédito: Santo Google)
P.S: crédito da primeira foto do post: pequena blogueira que vos bloga!
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Amei entrevistar a Laura. Superfofa e querida! Eu ainda não li, mas pelo pouco que eu escutei no dia, já vi que a Cat tem muito o que me ensinar. Ai, Freud, me tira dessa e me segura nessa também hahaha! Em breve, resenha dos dois livros aqui no blog, ok? E, gente! O foco do post foi a série, mas a autora escreveu outros livros também. Quem quiser saber um pouco mais sobre as outras obras, a vida da escritora e por aí vai é só entrar no site dela.
Queria agradecer a atenção e o carinho da Laura e da assessora dela, a Luisa. E a minha amiga Clary, que ajudou na hora das fotos. Muito obrigada, meninas! ♥
Gostaram? Podem opinar à vontade!
Um beijo e boa semana, C.
carol
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Me interessei pela história,uma porque adoro ler e outra o meu interesse pela psicanálise, fiz durante oito anos.
Obs:meu blog não está atualizando os posts, mas tem um recente lá.
Bjs,Carol
Adorei essa coisa de não poder faltar coragem e cara de pau. Tão verdadeiro e serve para tanta coisa, né???
Parabéns pelo entrevista…Admiro quem ama escrever..
bjs
Ótima entrevista! Eu não conhecia ela ainda, vi hoje no meu twitter uma menina dando RT para comprar os livros dela. Daí quando li seu post me lembrei dela hahah!
Bjokas http://diadebrilho.com
Que querida!
Quero muito ler os livros dela, Carol.
Parecem mega divertidos.
Beijooooooo
http://www.casosacasoselivros.com
Oie, tudo bem?
Adorei a entrevista, super legal conhecer!
beijos
http://www.izabellagrimaldi.com
Achei bem interessante o que ela falou sobre ter disciplina para conseguir criar um sistema de trabalho! Muito boa entrevista :)
♥
Beijos
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Brilho de Aluguel