27.08.2015

Por Teca Machado ♥ 

Aaah, cabelo grande! Sempre gostei dos meus fios compridos, mas durante muito tempo tive que mantê-los mais ou menos só na altura do ombro, já que eles são secos e ficavam feios quando longos, bem ralinhos, sabe? Mas depois de alguns anos de cuidado intenso, muita hidratação e cortes a cada três meses, eles hoje estão saudáveis, bonitos e bem grandões, abaixo da linha do sutiã. Estão do jeito que eu quis por muito tempo, mas há alguns dramas envolvidos em ter cabelo comprido.

A começar, eles grudam em tudo. No zíper da blusa e na alça da bolsa são os campeões comigo. Todas as vezes que penduro uma bolsa no ombro, quase metade do cabelo fica preso debaixo da alça e como as minhas bolsas geralmente são pesadas (Eu carrego o mundo dentro delas), dói para caramba se for puxar, então preciso levar com todo amor e carinho e retirar os fios.

Mas algo que faço bastante também é prender o cabelo na porta do carro. Se vocês já viram uma louca dirigindo por aí com metade do cabelo voando do lado de fora sou eu. Acontece, né? Às vezes você vai entrar no carro e está ventando. Aí quando fecha a porta, ficam vários fios presos. Geralmente na hora eu percebo a burrice, mas de vez em quando não e saio dirigindo. Só vejo a bobeira que fiz quando tento virar a cabeça de lado.

Outro drama para quem tem cabelo comprido é a quantidade absurda de shampoo que gasta. O seu condicionador está longe da metade e o seu shampoo já está no fim. Fora que demora mil anos para esfregar, lavar e pentear tudo.

O drama do vento batendo o cabelo no seu rosto é um dos mais normais. Qualquer ventinho já é motivo para você ficar despenteada, mas quando ele está mais forte, principalmente se for dirigindo de janela aberta, já era, você vai levar mil chicotadas de fios na cara. E o pior é que incomoda para caramba e às vezes dói. Você pode até prender, fazer um rabo, uma trança, o que for, mas sempre tem aqueles mais assanhados que escapam e continuam te batendo. E os nós que ficam depois? Triste. Fora que não satisfeitos em bater no seu rosto, tem aqueles que entram na boca. Ô, delícia!

E quando você quer secar o cabelo/fazer escova/chapinha/enrolar? Se o cabelo é comprido, você leva mil anos fazendo mecha por mecha. Às vezes o seu braço nem alcança a ponta do fio e a sua escova fica meio mal feita, só pela metade.

A época da queda de cabelo é cruel para as cabeludas. Como os fios são compridos, quando caem no chão parece que tem muito mais do que realmente caiu. Você fica desesperada com a quantidade que desprendeu do seu couro cabeludo sem a sua autorização, mas depois percebe que não foram tantos assim, só parece bastante porque são longos. Só que se não varrer logo a casa, parece que o Primo It da Família Adams deu um passeio por ali. Comer de cabelo solto é outra tarefa complicada, porque sempre tem algumas mechas que insistem em cair no seu prato. O mesmo acontece quando você vai escovar dente. Acaba cuspindo pasta num pedaço do cabelo.

Cabelo grande dá um trabalho… Às vezes dá preguiça, às vezes dá calor, mas, vamos conversar, se bem cuidados eles são lindos, né? Estou aqui reclamando, mas amando essa fase capilar que estou vivendo. De vez em quando dá vontade de cortar, simplesmente pelo fato que eu amo cortar cabelo e mudar, mas vou aproveitar minhas madeixas por um longo tempo.

***

Gostou do Projeto Drama Queen? Ele é uma parceria entre os blogs Casos, Acasos e Livros e Pequena Jornalista. Publicamos textos todas às quintas-feiras. Quer mandar o seu relato dramático, com bastante exagero e bom humor? Envie para projetodramaqueen@gmail.com. Será muito bem vindo nesse mundo cheio de chororô e mimimi!

Teca Machado.

carol

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