31.10.2018

Ei, Gente! :) Tudo bem? Outubro está chegando ao fim, mas não poderia esquecer de falar de uma forma mais séria, digamos assim, sobre o câncer de mama. Convidei uma amiga ginecologista, a Dra. Carolina Aquino, para contar cinco coisas que quase ninguém fala sobre o tema. Vamos lá? 

como-o-lado-feminino-c3a9-afetado-pelo-cc3a2ncer-de-mama-vadimguzhvaCrédito da Imagem: M de Mulher

 

1. Em detrimento do tradicional autoexame, a recomendação atual é o autoconhecimento das mamas. A diferença entre conhecê-las e autoexaminá-las, é que você não precisa se preocupar em se examinar em um momento ou posição específicos. Basta entender que é importante se conhecer. Se olhar no espelho e, como e quando quiser, se tocar. Aliás, estudos mostram que, aproximadamente, 65% das mulheres identificaram lesões cancerígenas na palpação ocasional das suas mamas, enquanto apenas 35% identificaram essas lesões no autoexame tradicional.

2. Além da rotina anual, sempre que notar alguma alteração em suas mamas, especialmente se houver secreção mamária unilateral, retrações nas aréolas ou nódulos palpáveis, é importante buscar ajuda ginecológica. E quanto à dor nos seios, uma queixa frequente, saiba que raramente ela está associada a lesões malignas.

3. Quanto à ultrassonografia das mamas, muitas vezes esse exame é solicitado anualmente. Porém, não faz parte da rotina de prevenção da mulher por ser um método que tem baixa capacidade de identificar lesões precursoras de câncer, como microcalcificações, tendo como principais indicações o auxílio ao médico em caso de nódulos palpáveis ou como complementação de mamografia em algumas mulheres.

4. De acordo com o Ministério da Saúde, pacientes de baixo risco devem começar a colocar a mamografia na rotina de exames a partir dos 50 anos, sendo feita de 2 em 2 anos. Porém, a Sociedade Brasileira de Mastologia, diz que é importante realizá-la a partir dos 40 anos, de forma anual. Isso porque quanto mais novas somos, menor a ocorrência de câncer e mais densas são as nossas mamas, dificultando a visualização de possíveis lesões. Assim, quando iniciamos a mamografia precocemente, especialmente antes dos 40 anos, estamos nos expondo à irradiação apesar de uma baixa taxa de detecção. A sensibilidade da mamografia (capacidade do exame em detectar uma alteração) aos 40 anos gira em torno de 60%, enquanto aos 60, chega a quase 90%. Minha sugestão é sempre conversar com o seu médico e decidir juntos o melhor momento para iniciar esse importante exame. 

5. Câncer de mama não acontece apenas por um motivo, essa doença tem origem multifatorial, o que inclui fatores genéticos, histórico familiar e  idade fértil. Mas é possível reduzir as chances da doença aparecer, através de medidas como: amamentar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo (incluindo o passivo) e praticar atividade física.

***

Muito obrigada, amiga. E espero ter contribuído para esse importante mês. E vale lembrar que outubro é rosa, mas o cuidado com a nossa saúde tem de durar o ano todo! E lembre-se sempre de seguir à risca as recomendações médicas. É a sua saúde que está em jogo!

Beijos, Carol.

Para ler: Capas Rosas

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