15.03.2016

O Instagram é uma ótima fonte para conhecer pessoas queridas do mundo literário. Através dessa rede, conheci a escritora Sheila Mendonça. Jornalista, aos 18 anos escreveu seu 1º livro (detalhe: numa máquina de escrever) “Cabra Cega“, que aborda um assunto bem importante: aquele amor nada saudável, aliás, pode ser tudo menos amor. Participou da obra “Romance em Contos“, com vários autores brasileiros. Ela é super a favor das críticas construtivas, mas as destrutivas não permite olhar mais. Certíssima, né? Para conhecer um pouco mais a nossa autora da semana, confira a entrevista completa. Está imperdível e cheia de dicas! ;-)

12767293_1056574947740913_1796123133_nPJ Entrevista: escritora Sheila Mendonça! 

1. Qual a mensagem que você deseja passar para seus leitores com o seu livro “Cabra Cega”?
R: A mensagem que desejo passar é que não devemos NUNCA nos anularmos por relação alguma, amor saudável é aquele que soma, que agrega, e não que limita, que censura, que destrói. Que possamos sempre ouvir a nossa intuição de que quando algo parece errado em nossa relação, existe grande chance de estar mesmo. Não devemos permitir que ninguém faça mal pra gente, amor gostoso é aquele que é leve, mas se não tiver jeito e tudo der errado, que “Cabra Cega” possa agregar coragem na vida dessas mulheres, para que possam fazer diferente onde estão, ou onde vão entrar futuramente.

2. Tem alguma curiosidade desse livro que poucas pessoas saibam? Conte um pouco!
R: Huuuuuuummmmmmm! Acho que seria o fato de ele ter sido escrito quando eu tinha 18 anos, estava começando a faculdade de jornalismo e foi todo escrito direto na máquina de escrever, não existia internet na época. Quando consegui publicar, aos meus 35 anos, é que passei para o computador e dei uma arrumada na história, no português, na construção dos parágrafos, no conhecimento que já tinha das coisas como jornalista e revisora de texto, mas não mexi uma vírgula da história em si.

3. Até hoje, como foi a sua trajetória literária? Falando nisso, qual é a parte mais doce e amarga desse universo dos escritores?
R: Até o dia de hoje a minha trajetória literária é inesperada, quando escrevi “Cabra Cega” nunca imaginei viver nada do que vivi até aqui, só pensava que queria ver meu filho no formato de livro, mas não imaginava tudo que aconteceu. Nunca imaginei dando entrevistas para blogs literários, nem aos meus 35 anos quando a internet já existia e os blogs também, muito menos dar entrevista em rádio, muito menos ser convidada para participar de antologia e menos ainda de conseguir participar de concursos literários e chegar ao terceiro lugar em um deles. Mamma mia! O “problema” é que quanto mais conquistamos, mais queremos conquistar, e agora eu sonho alto e batalho muito para conseguir chegar lá. A parte mais doce é ser reconhecida nos eventos literários, ver aquele olhar de amor e cheio de lágrimas porque a nossa história mexeu com o leitor. Ser reconhecida na rua, é algo surreal, mas acontece. A minha primeira vez foi em um táxi, e juro que pensei ser pegadinha ou papo de um possível sequestrador. (kkkkkk) E mais doce ainda é receber mensagens das leitoras dizendo que “Cabra Cega” mudou a vida delas, ou proporcionou um olhar diferente na relação que elas estavam. Nossa, isso não tem preço. A parte amarga é conviver com os haters, já fui agredida algumas vezes, mas depois de “Cabra Cega” e três antologias, já aprendi a não dar eco pra doido, deixar falando sozinho é sempre a melhor resposta, porque miram em outro alvo, e que o próximo alvo faça o mesmo que eu. Gosto de gente que é capaz de criticar com a competência de agregar na vida profissional e pessoal do autor, críticas construtivas são todas bem-vindas, as destrutivas eu me permito não olhar mais. Não preciso passar por isso.

12788298_1056573161074425_1047978275_n*crédito das imagens: divulgação!

4. Se pudesse dar um conselho para quem deseja seguir esse caminho literário, qual seria?
R: O conselho é: se você tem certeza amar isso, então não desista. Os louros só chegam para quem não desiste. Corra atrás, porque nada nessa vida cai do céu, só chuva, e entenda que estudar é sempre para agregar conhecimento, então nunca é demais. Vá atrás do seu sonho, não escute amigos-familiares-vampiros que vão tentar puxar seu tapete, foque e
mire no seu sonho, todo mundo é capaz de vencer nessa vida. Ainda estou percorrendo uma estrada para conseguir tudo que desejo na literatura, mas só depende de mim, de meu esforço, e eu vou conseguir. Você também, se for seu sonho. Arregace as mangas e comece!

5. Se tivesse que salvar três livros de um incêndio, quais seriam?
R: Só três? Tem certeza? Ui! São tantos!
1- O Escaravelho do Diabo (Lúcia Machado de Almeida)
2- Esmeralda (Zibia Gasparetto)
3- Palavras de Chico Xavier
Ia precisar, né?! rsrsrsrsrs
Ai gente, que cruel essa escolha, e todos os livros que tenho autografados? Ai Senhor, não quero incêndio não! kkkkk ;p

***

Gostaram? Espero que sim! ;-) Eu adorei, Sheila. Muito obrigada! Foi o tipo de entrevista que deu aquele gás para correr atrás desse sonho (escritora) de uma vez por todas.  Todo sucesso do mundo! Quando eu ler “Cabra Cega”, conto para vocês. Imagino que a leitura seja meio pesadinha, mas ensina muito. Então, vale a pena sair da zona de conforto literária. Ah! Quer ler também? O livro está disponível na Amazon e com a autora. Quer entrar em contato com ela? Clique aqui, aquiaqui e aqui.

Tem algum autor que você queira ver por aqui? Sugestões sempre são bem-vindas! :)

Beijo, Carol.

P.S: Quem ainda não respondeu a pesquisa de público do PJ, clique aqui. Juro que não é demorada! Quem já respondeu, muito obrigada!! 

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carol

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